A realidade de cursos na área de computação sendo preenchidos por majoritariamente homens é algo que, por incrível que pareça, é muito recente. Na década de 1970, mulheres chegavam a representar 40% dos alunos em cursos de Ciências da Computação. Em contrapartida, atualmente essa porcentagem é menor que 20%.

Uma das principais causas disso é a criação do computador pessoal na década de 1980. Antes disso, computadores eram usados basicamente para realizar cálculos e processamento de dados, atividades então associadas à função de secretária. No entanto, após essa década e com a popularização cada vez maior do aparelho pessoal, tal máquina passou a ser associada também à finalidade recreativa de jogos, o que estigmatizou-a como um instrumento para meninos.

Uma pesquisa realizada pela Microsoft mostrou que as mulheres tendem a se considerar menos aptas para as carreiras de exatas conforme crescem. Meninas costumam se interessar por tecnologia e exatas, em geral, aos 11 anos, mas aos 15 elas começam a desistir. Desde crianças, elas são bombardeadas com propagandas midiáticas e filmes que retratam apenas o sucesso masculino na área. Nas próprias famílias e nas escolas, são muitas vezes incentivadas a seguir carreiras na área de saúde e humanas em detrimento nas de exatas.

Em um podcast da National Public Radio (NPR): “When Women Stopped Coding”, criou-se o gráfico para mostrar esta queda: